O rapper Criolo subiu ao palco às 15h45 e como num passe de mágica a ficha começou a cair para João, Omar e Joana. Os três e outros tantos milhares de jovens simplesmente venceram. Mas na manhã de domingo, dois dias após terem derrotado o governador Geraldo Alckmin, ainda tentavam decifrar tudo o que eles, alunos secundaristas, tinham ensinado ao Brasil e, especialmente, à esquerda brasileira.

“Nossa luta continua, não nessa forma, mas a luta é algo que vamos levar para o resto de nossas vidas”, resume Joana Noffs, aluna da Escola Estadual Professor Antônio Alves Cruz, no bairro do Sumaré. Joana se considera de esquerda, convicta, que diz ter aprendido em duas semanas de ocupação do colégio mais do que seus 16 anos que já se passaram. “Mostramos o modo como os alunos sonham a escola e como uma vida em comunidade é possível”, diz ela.

João, Omar e Joana, alunos do colégio Alves Cruz, em São Paulo - Fotos: Eduardo Nunomura
João, Omar e Joana, alunos do colégio Alves Cruz, em São Paulo – Fotos: Eduardo Nunomura

Os pais de Joana apoiaram a decisão da jovem em ocupar o colégio. Visitavam a filha para saber se estava tudo bem e se os colegas precisavam de alguma coisa. Saíam felizes de saber que ela estava aprendendo com a escola da vida. João Cecci, colega de Joana, também tem pais compreensivos – a mãe dele praticamente não saía do Alves Cruz. O jovem de 16 anos, ao contrário da amiga, não se vê como de esquerda ou de direita, mas não pensou duas vezes para fazer parte dessa batalha. Já os pais de Omar Abduch, de 17, não aprovaram. Aliás, ele mesmo era contra a ocupação no início, mas se rendeu ao movimento quando ouviu de um coordenador da escola que no passado os alunos não pensavam duas vezes para lutar por seus direitos. Omar se define como de direita, votou em Alckmin e até afirma que votaria nele novamente. Mas admite que algo mudou dentro de si.

“Quando decidimos aderir às ocupações, foi um ponto crítico. Não faríamos parte da reorganização, não iria mudar nada para nós, mas ao entrarmos muitas outras também foram ocupadas”, diz Omar. Fazia sentido. “Começamos pequenos e fomos se agigantando.” O Alves Cruz é uma escola considerada modelo em São Paulo. Nela, os níveis de ensino já são separados e há 11 turmas de ensino médio. O currículo é mais arejado. Há atividade de maracatu do baque virado, por exemplo. Mas, por melhor que a escola seja, os três jovens são unânimes em dizer que não tinham muita ideia de que o conhecimento estava muito além dos muros do colégio e podia ser construído por eles.

“Tive uma aula de física em que aprendi em um dia mais que o bimestre inteiro”, afirma Omar. Profissionais de todas áreas passaram a ocupar, literalmente, as salas para oferecer aos alunos aulas livres de assuntos variados. Eram os voluntários da educação. Teve sexismo, feminismo, em aulas dadas duas ou três vezes por dia. Ia quem queria, e os alunos foram sem que nenhum sinal do colégio precisasse tocar. “A escola, como é hoje, não faz mais sentido. Eles nos incentivam a sermos competitivos. Educação não é competição, mas uma eterna troca”, explica Joana.

Os filhos do lulismo estão nos dizendo a que vieram. Vieram para mudar nossa percepção vertical de que uns mandam e outros obedecem. De que Eduardo Cunha não deve ser imexível por ser chantagista e de que governar no presidencialismo de coalizão é ceder mais do que ir para o enfrentamento. Os alunos que ocuparam mais de 200 escolas públicas resistiram às pressões midiáticas, à contrariedade da opinião pública e até a violência policial.

IMG_20151206_161943Ocupar e resistir, um entre tantos lemas que criaram, foi ecoado por milhares de pessoas no show da Virada da Ocupação (#viradaocupação), em que centenas de artistas, como Criolo, Maria Gadú, Paulo Miklos, Pequeno Cidadão, Filipe Catto, 5 a Seco, Vanguart, Arnaldo Antunes e Céu, se dispuseram a cantar de graça no domingo para celebrar a vitória dos estudantes – Alckmin não teve outra saída a não ser revogar, na sexta-feira 4, o decreto que fechava 93 escolas públicas, cujo objetivo era o de economizar dinheiro. Joana, João e Omar assistiram aos shows. A Praça Horácio Sabino, no Sumarezinho, é vizinha ao colégio. Os artistas fizeram questão de entrar no Alves Cruz para conversar com os jovens.

No Alves Cruz, mais de 20 alunos decidiram ocupar o colégio no dia 24, quando outras escolas já estavam participando do movimento. De lá para cá, houve ampla discussão entre os alunos, muitas assembleias foram realizadas e mesmo as opiniões divergentes passaram a ser respeitadas – e também combatidas. A maioria deles se considera de esquerda, contabilizam João e Joana, mas debates partidários passaram longe dali. O tema central era a educação. “A ocupação simbólica de uma escola-modelo mostra a resistência política contra a forma como o sistema educacional é pensado em todo lugar”, diz Joana.

Se a derrota de Alckmin é pública e notória, o que jovens secundaristas disseram é que a esquerda brasileira precisa ter humildade para ouvir o que eles estão nos ensinando. Com uma causa única, legítima e verdadeira, eles não divergiram um momento sequer de que estavam lutando pelo direito de serem educados. Usando as redes sociais, sobretudo o Whatsapp, criaram uma extensa rede de estudantes de escolas que sabiam o que fazer e como fazer para mobilizar a opinião pública em seu favor. Na maioria das vezes, bateram o pé firme para dizer que as escolas não seriam fechadas.

“Não estou aqui só por minha escola, mas por um movimento que envolve pensar fora da escola, coletivamente”, afirma João. Segundo ele, o ensino tem de ser repensado, desde a qualidade de formação dos professores até os procedimentos em sala de aula. “Vamos sempre ter alguma coisa para mudar, e sabemos que não dá para mudar o sistema em apenas duas semanas.”

Ao lado e antes do trio Joana, João e Omar, centenas e milhares de jovens estão dando recados valiosos, que a esquerda brasileira, em particular, parece não querer ouvi-los. Em três ocasiões, eles simplesmente mudaram a forma como a classe política dirige o país. Em junho de 2007, alunos da Universidade de São Paulo ocuparam a reitoria e lá permaneceram por 50 dias. O então governador José Serra enviou a Tropa de Choque da Polícia Militar e transformou o campus num campo de guerra. Era um movimento horizontal, combatido por parte do discurso da imprensa que tentava mostrar que havia partidos infiltrados no movimento dos estudantes. Em junho de 2013, integrantes do Movimento Passe Livre, muitos deles egressos da lutas estudantis da USP, pararam São Paulo e boa parte do país em torno da bandeira do transporte gratuito escolar. Obrigaram o prefeito Fernando Haddad e Alckmin a recuarem do aumento de 20 centavos nos ônibus e metrô.

Desta vez, os alunos conseguiram que as atenções se voltassem para a escola pública, a causa das causas sociais. Mobilizaram pais, o que é natural. Mobilizaram profissionais de várias áreas que doaram seu tempo para a causa estudantil, o que é essencial para que as engrenagens sociais comecem a se movimentar. E mobilizaram artistas e produtores culturais, o que é excepcional porque há tempos a música brasileira parecia ausente das discussões que valiam a pena. E todos eles em favor de uma luta que deveria ser de todos. Há uma grande dúvida neste exato instante se depois que Alckmin recuou, os alunos não deveriam recolher seu time de campo. Mas quem somos nós para dizer o que eles devem fazer.

 

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32 COMENTÁRIOS

  1. O fechamento das escolas em Sao Paulo sao mais uma horrivel consequencia da crise economica que o Brasil veem enfrentando, juntamente com varios outros beneficios que perdemos nesses ultimos anos. Minha sugestao a esses alunos é que apoiem o povo e os grupos de representacao popular que pedem o impedimento de Dilma, para que seja o primeiro passo para a volta do crescimento brasileiro e que essas escolas sejam reabertas junto com muitas outras. Caso contrario mais anos serao perdidos, a economia piorará ainda mais e nao somente escolas fecharao, como hospitais e muito mais. Estas criancas podem estar alienadas e devem ser alertadas.

    • O Alckmin tenta fechar escolas públicas e sucatear o restante e a culpa é da Dilma. Nesse seu conto de fadas o Brasil vai virar o paraíso de a Dilma cair, já que tudo de ruim no mundo é culpa dela.

    • Prezado Agraciado, como seu próprio nome diz, você é um privilegiado, uma pessoa cheia de graça.
      Os alunos estão no caminho certo, enfrentando um establishment que ha anos oprime, exclui e desprivilegia pela cor, sexo, posição social. Essa luta é política e apartidária. Não tem nada a ver com crise econômica e situação do congresso x presidenta Dilma. São anos e anos de sucateamento do ensino publico no Brasil e principalmente nos estados onde o PSDB governa. Aqui em Minas nós dissemos não ao Aécio pelo mesmo motivo. Só que fomos nós, professores e não os alunos. Aí em São Paulo os alunos dirão o mesmo não nas próximas eleições ao Alckimin. De alienados eles não tem nada e eu tenho muito orgulho dos estudantes paulistas que tomaram as rédeas de uma revolução que virá. E pode se preparar porque ela virá para mudar os paradigmas da sociedade brasileira! #naotevearrego #unidosomosmaisfortes Parabéns aos estudantes de SP e que os estudantes do Brasil sigam o vosso exemplo.

    • Você é um canalha manipulador!
      Os estudantes heroicos ( inclusive contra o veneno da fascistas como você) ocuparam as escolas contra a medida autoritária e na contra-mãe da Educação do governo de Alkimin, do PSDB de Aécio ( que se refestelam como porcos na lama pelo GOLPE contra Dilma e seus governo popular!).

    • O fechamento das escolas é mais uma lição de oportunismo da classe política que representa o Sr. Alckmin que entende que a educação não é prioridade e faz dela o seu cabo de guerra para que pessoas como @ sr(a) entendam que o problema da educação passa pela crise econômica quando, na realidade, é um problema de descaso histórico nesse país. Aliás, basta ver os exemplos citados na reportagem para ver que apesar dos pesares, São Paulo foi pioneira, no melhor dos anos passados, a fazer desse descaso uma bandeira de luta. O São Paulo governo, não população.

    • a desgraça é que os governos petistas tem aumentado tão absurdamente a renda do povo que quase todo mundo tem dinheiro para pagar escola privada e só um desalmado deixaria seu filho nessas imoralidades que chamamos de escola pública, isso por todo canto desse país, tendo dinheiro para pagar privada

    • Finalmente alguém lúcido que vê o mundo como ele é e não uma utopia de estudantes. Todos os Estados estão aí passando por dificuldades financeiras, alguns sem dinheiro para pagar o funcionalismo, outros com pessoas morrendo nos hospitais e mais todo tipo de problemas por queda de arrecadação. O mais óbvio a se fazer nessas circunstâncias é otimizar o dinheiro. O problema é que esquerdista acha que dinheiro cai do céu. Enquanto tivermos no Brasil esse esquerdismo cego que não liga serviços públicos com crescimento econômico que o sustente, teremos essas briguinhas de rua sem sentido.

  2. “artistas, como Criolo, Maria Gadú, Paulo Miklos, Pequeno Cidadão, Filipe Catto, 5 a Seco, Vanguart, Arnaldo Antunes e Céu”

    Ou seja, a esquerda-caviar-sustentada-pelo-SESC em peso. O que já dá a cara desse movimento “popular” sem pagodeiros, sertanejos ou o que o valha: no fundo se trata de uma juventude no mínimo de classe média, manipulada pela esquerda patrimonialista para uma luta supostamente por direitos, sendo que o único “direito” em questão é o de se apropriar do dinheiro do contribuinte, impedindo uma medida (de resto, mínima) de racionalização da gestão dessa grana.

    Lembrando 2013, não existe passe “livre”, existe passe “pago com o dinheiro dos impostos dos outros.” A esquerda patrimonialista nunca vai incentivar essa juventude a questionar a moralidade de ficar brigando pelo seu quinhão desse butim, abastecido principalmente com o dinheiro dos mais pobres – já que rico neste país não paga imposto. Em vez de lutarem pela moralização tributária, desde cedo os jovens são catequizados para lutarem pelo seu pirão primeiro. Lixo de esquerda, mas não dá para esperar outra coisa mesmo.

  3. Ooo Agraciado, eles não perdem seu tempo assistindo telejornal da Rede Globo, não meu amigo! Eles sabem o que é liberdade de expressão e lutaram por isso até o final. Não venha o senhor querer defender os seus golpistas e impôr o seu ponto de vista pois os alunos ali não tem nada de bobo! Aceite a democracia, o poder do voto! Aceite e trabalhe que você estará ajudando o Brasil a ter um futuro melhor!

    Ps.: Não gostou? Tente de novo em 2018! E pelo voto!

  4. Parabens a essa turma jovem e arejada – precisavamos de ar fresco para limpar o ranco que o Brasil se tornou hoje. Minha geracao, de cinquentoes, ou se acovardou ou viraram conservadores, quase uma tendencia natural da vida…
    Boto fe nessa mocada de construir um pais melhor que o que deixamos para eles…

  5. Agraciado vai procura tua turma, com o PSDB mandando em Sao Paulo a mais ou menos 50 anos e a culpa é da Dilma; acho que pelo tempo que a tucanada manda em Sao paulo ja foi tempo suficiente pra pelo menos oferecer uma educação de qualidade, nem isso conseguiu. Se Alguem tem q sair é o PSDB do governo de Sao Paulo.

  6. Ótimo texto e de fato um dos que me fizeram ficar emocionada, é lindo ver como essa geração está reagindo a todas as dificuldades impostas por essa péssima gestão politica, espero ainda ver centenas de movimentos como esse.
    Parabéns!

  7. Trabalhei 23 anos numa comunidade em Diadema/SP e assisti, angustiada e revoltada,
    o desmonte da escola pública. Tem sido um processo contínuo, silencioso e criminoso.
    O que mais me enlouquecia era a passividade de todos. Alunos, pais e profissionais
    brigando entre si, enquanto o PSDB destruía a auto-estima e as chances de milhares de
    crianças e adolescentes. Não tem nada a ver com a situação atual, eles só estavam
    fazendo o mesmo de sempre, continuando sua política educacional do fracasso.
    O que mudou foi a garotada, tomando para si o protagonismo de um movimento legítimo e
    NECESSÁRIO. Demorou, mas veio. Fui ao show e senti um enorme alívio de ver que agora a
    educação foi vista e essa garotada incrível conquistando outro patamar de consciência

  8. O governador Geraldo Alckmin já suspendeu a reorganização. Manter os protestos e as invasões das escolas é a prova que se trata de movimentos partidários com objetivo de colocar a população contra o governador e de tentar tirar o foco dos escândalos do governo Dilma. Basta ver que as lideranças do movimento são filiadas ao PT e PCdoB.

  9. Ahahah olha o comentário desse Agraciado. Meu querido aqui não há espaço para o pensamento da elite coxinha paulistana q quer ver sangue de petista. Eu q odeio o governo Dilma, defendo sim o PT desse poveco que só saber assistir a Rede Globo. O Agraciado só pode ser agraciado de ignorância: no final ainda teve coragem de dizer que “estas crianças podem estar alienadas e devem ser alertadas”. Ahahahahah foi a coisa mais engraçada que ouvi nos últimos tempos. Um grupo de estudantes que deu um banho de aula política, de verdadeiro exercício da justiça e democracia que não deve ser institucionalizada (pois isso é uma contradição já que existe “poder” e portanto hierarquia), mas sim feitas nas ruas , nas mãos do povo, vir ser chamado de “alienado” por um tal de “agraciado” é uma coisa muito cômica.

  10. Esquerda ou Direita?
    Essa dicotomia na prática não resolve nada.
    O ser humano tem que estar acima de ideologias, pois elas só dividem e geram conflitos em que um quer sobrepor a razão do outro. O Individuo tem pensar nos problemas numa visão ampla e procurar soluções inteligentes e viáveis e não apenas eleger um ” inimigo ” para por a culpa.
    No entanto, é mais fácil limitar o seu pensamento a apenas uma maneira de pensar, pois o discurso ideológico é conveniente para doutrinar os indivíduos.

  11. Desgraciado, o fechamento das escolas em São Paulo não é consequência da crise econômica. É consequência de um plano de governo (do Alckmin) que privilegia presídios em detrimento da educação.
    O impeachment não solucionará os problemas do país, e, nesse momento, talvez até agrave.
    A esquerda tem muito o que aprender com esses estudantes.
    A direita, mais ainda.
    Alienado é você, que se orienta por Globo e Veja.

  12. Sou professor da rede pública municipal e estadual no Ceará . Fiquei surpreso com a forma como a rede estadual é organizada em São Paulo . O estado do Ceará concentra esforços no ensino médio e as prefeituras no fundamental . No município as escolas são divididas em educação infantil I , fundamental I e fundamental II . Nos últimos anos foram fechadas , municipalizadas algumas escolas estaduais e outras se transformaram em profissionalizantes. Não teve todo esse alvoroço. As vezes , é necessário um redimensionamento até mesmo pela a mudanças na composição etária. A meu ver que faltou diálogo do governo e radicalização por parte dos estudantes , sendo a melhor solução uma audiência pública . Acho que em linhas gerais o projeto do governador de São Paulo adequado , vale destacar que a própria LDB recomenda que os Estados cuidem do ensino médio e profissional. Obrigado

  13. Agraciado, você fingiu que leu a matéria ou veio de uma rede social e caiu nos comentários? Porque o discurso pregado o tempo todo na matéria é que não se deve apoiar “a” ou “b”, “x” ou “y” partido, é que o discussão política foi ambientada no meio daquelxs jovens que se achavam mais um no meio da sociedade. Elxs mudaram a história dxs estudantes da geração deles e das outras gerações que seriam prejudicadas por outras salas superlotadas. Não caiamos na mesmice de apoiar um partido ou outro, colegxs, vamos ampliar a capacidade crítica desses adolescentes, em plena formação cidadã, de avaliar essas políticas públicas danosas a eles próprios. Elxs conseguiram compreender o sentido do mundo, os rumos da política, e não vai ser o apoio delxs outros movimentos, tanto golpistas quanto governistas, que vai mudar a conjuntura que elxs criaram e elxs venceram.

  14. Você é um canalha manipulador!
    Os estudantes heroicos ( inclusive contra o veneno da fascistas como você) ocuparam as escolas contra a medida autoritária e na contra-mão da Educação do governo de Alckmin, do PSDB de Aécio ( que se refestelam como porcos na lama pelo GOLPE contra Dilma e seus governo popular!).

  15. Infelizmente isso não passa de um circo, montado por estudantes que, no fundo, não tem mais o que fazer. Digo isso com propriedade pois morei em Santo Antonio de Posse SP e tive a infelicidade de matricular meu filho em uma escola do estado. Os professores completamente desqualificados e sem nenhum comprometimento e os alunos mais ainda. Quantas vezes passei em frente à escola e os alunos estavam rebolando a bunda ao som de funk no pátio porque o professor(a) havia faltado. Agora vem fazer baderna porque foi prejudicado! Conversa fiada!

  16. O fechamento de escolas é inevitável, não serão movimentação de estudantes anarquistas. A divisão por idades também é geral. Algum estudante desse ouviu falar em High School?

    • O fechamento de escolas é inevitável, não serão movimentação de estudantes anarquistas que a deterá, pois a população está diminuindo e assim o número de jovens. Há cidades na Espanha que escolas são prédios vazios… A divisão por idades também é geral. Algum estudante desse ouviu falar em High School?

  17. Quem não entendeu não foi à esquerda, foi o autor desta reportagem.
    A reportagem é válida em termos de depoimentos, mas um colapso em termos de conclusões.
    No parágrafo em que coloca no mesmo nível José Serra, Alckmin e Haddad, se vê claramente o ranço de sempre de colocar todos os políticos no mesmo saco. Haddad mandando para a câmara de vereadores um aumento do preço da passagem em 20 centavos é colocado no mesmo nível do que Serra e Alckmin mandando a polícia baterem em estudantes.
    Coloca no mesmo nível de politização o movimento de Passe Livre que ninguém se sabe de onde veem e para onde vai. Este movimento tem a cara de pau de comparar o transporte coletivo de uma cidade na Bélgica (Hasselt) que promoveu (passado) o transporte livre durante algum tempo. O passe livre teve tanto, mas tanto sucesso que o número de passageiros aumentou tanto, mas tanto mesmo, que em 2013 acabaram com a farra e cobram agora somente €0,60 por passagem (R$2,58) para uma cidadezinha de 80.000 habitantes que a extensão das linhas não podem passar de 3 quilômetros, pois se passar disto cai já em outro município! Pois o movimento Passe Livre, decantado em prosa e verso, compara esta cidade que para linhas de Transporte Coletivos que não passam de uma curta distância com a cidade de São Paulo com seus milhões de habitantes e com linhas de ônibus de dezenas de quilômetros. Ou seja, usando falsas comparações coloca Haddad, o torturador do transporte público, junto com os que enviam a polícia para bater e prender os manifestantes.
    O movimento dos estudantes de São Paulo tem uma pauta clara e factível assim como seus jovens militantes não precisam declarar qual partido pertencem, pois aos 14 anos de idade não parece que seja a prioridade e o momento necessário para isto.
    Além da comparação esdrúxula entre Haddad, Serra e Alckmin há uma crítica velada a “esquerda brasileira” que não soube ouvi-los, numa velha e conhecida incitação ao “aparelhamento do movimento” que graças ao bom Deus não foi tentado pela “esquerda brasileira”.
    Meu caro, Eduardo Nunomura, na realidade quem não ouviu os alunos foste tu mesmo. Será que os mesmos gostariam que a “esquerda ouvisse” o movimento, ou melhor, falando, recuperasse ou aparelhasse o mesmo?
    Gostarias que vereadores, deputados ou outros militantes de esquerda fora do âmbito estudantil fosse para frente das passeatas ou entrassem nas ocupações?
    Não entendeste o básico, que a ESQUERDA, que neste caso são os alunos, não só ouviram as suas próprias vozes como tiraram lições valiosas para as suas próprias vidas!
    O mais correto em todo o teu texto é a tua última frase, que num lampejo de sabedoria, ou simplesmente colocando uma frase de efeito, disseste:
    Mas quem somos nós para dizer o que eles devem fazer.

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