Tensão pré-eleitoral é fogo, e pelo que sei ainda não se inventaram remédios eficazes para combatê-la.

Ou será que inventaram?

Tenho usado um remedinho aqui para a minha TPE (pensa que homem também não tem, é?!). E sabe que está ajudando imensamente, pelo menos para aliviar os sintomas externos?

Estou me referindo à coisa mais genial que apareceu nos meios culturais, em relação aos últimos dias da campanha. É o samba de partido alto “Bolinha de Papel, você sabe do que estou falando, não sabe?

Faço questão de, além de ouvir, transcrever a deliciosa letra (destaque total para as duas últimas estrofes, sutis em não mencionar explicitamente aquilo que não deve ser nomeado):

Deixa de ser enganador
Pois bolinha de papel
Não fere nem causa dor

Um homem forte
De tamanho natural
Como pode uma bolinha lhe mandar pro hospital?

O factoide
Ao perceber que perdeu
Entra logo em desespero
Foi o que aconteceu

Cara-de-pau
Sempre existiu por aí
Uma bola de papel
Lhe mandar pro CTI

Me engana
Já diz a rapaziada
Foi sentir 20 minutos
Após levar a bolada

É bom que saibam
Que não estamos em guerra
Que em 31 de outubro esta história se encerra

Pra aparecer
Pede que a turma te filma
Um homem deste tamanho
Com tanto medo da Dilma

Ah, e no final do clipe ainda vem o texto-manifesto curto e direto, assinado por Martinho da Vila, Wilson Moreira, Monarco, Nelson Sargento, Delcio Carvalho, Gisa Nogueira, Noca da Portela, Tantinho da Mangueira, Moacyr Luz, Paulão Sete Cordas, Ze da Velha, Silvério Pontes, Cláudio Jorge e Wanderley Monteiro. É mole ou quer mais? O tempo passa, os anos voam, o Bamerindus muda de nome, mas o samba continua sendo um dos maiores orgulhos deste Brasilzão.

(P.S.: este texto foi publicado ao som de “Tudo Bem (Big Ben)”, nova do Bebeto, gênio do samba-rock, brasileiríssimo: “Mas tudo bem/ ah, tudo bem/ eles não têm Jorge Ben/ o deles é big/ o nosso é Jorge/ mas tá tudo bem/ estamos bem.” Manhã feliz!)

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